Cavaco Silva nos Açores para falar do futuro e sem querer "alimentar campanhas sujas e desonestas" Não foi um só candidato a chegar, esta tarde, ao aeroporto de Ponta Delgada, mas sim, dois. O voo da SATA, vindo do Funchal, já se sabia que trazia Cavaco Silva a bordo, mas também transportou o candidato José Manuel Coelho, candidato apoiado plo PND. Questionado novamente sobre o desafio de Alegre, Cavaco Silva não comentou, mas mostrou-se desagradado com o repto.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

César Está a Enganar os Açorianos

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Opinião - Opinião1
Escrito por Manuel Moniz
Sábado, 11 Dezembro 2010 11:42

Dar ou não dar, eis a questão: Senhor, juro que são apenas Rosas...

Estou quase a ter pena de Carlos César e Cia. E só não tenho porque lhe faltou a humildade de Mota Amaral para abandonar o cargo antes que ele se começasse a estilhaçar. Porque isto é demais…

Está visto que o grande problema com esta coisa da fuga aos cortes para alguns funcionários públicos não foi propriamente querer ajudar os seus amigos. No fundo foram duas coisas: a primeira e a segunda. A primeira foi que o homem não fazia a mínima ideia de como havia de gastar aqueles 3,2 milhões de euros que ia poupar à força. É que nem era suficiente para implementar a minha medida de comprar as peles das vacas dos Açores e pôr os RSIs a fabricarem sapatos, na altura estimada por mim em 5 milhões. (Mas o sr. Presidente devia ter falado comigo que eu arranjava uma maneira de as comprarmos a um preço mais barato, nem que fosse não comprando todas). Bom, sem ideias e sem assessores com ideias (é o que dá contratar os desmiolados que contratou, só porque tinham um ar de coitadinhos que, com umas roupas de marca, até ficariam lindos e mansos. Realmente acertou – e eles são bem vestidos e mansos. O problema é que são como aqueles cachorros de marca que vivem em apartamentos com ar condicionado, comem em bandejas de prata e fazem manicure uma vez por semana: quando saem sozinhos à rua constipam-se e morrem (claro que vão a enterrar em cemitérios de luxo, mas isso não muda o fundamento da história). A verdade é que tanta mansidão rapidamente se apodera das cabeças, que vão ficando ocas: para eles, “classe média” não significa a média do que as pessoas realmente ganham, mas sim o que eles acham que deve ser a tal “classe média”. É verdade que na América os números devem ser esses. Mas não estamos na América e isto por cá há mais de metade dos contribuintes a ganhar o Mínimo. Não o Rendimento Mínimo (esses são só 8 ou 9%, parece-me), mas o Ordenado Mínimo, aquela miséria com que se tem de botar comida na mesa todos os dias por obra e graça do Espírito Santo (sinceramente, para mim, que ganho pouco mais, continua a ser um mistério).

Claro que até admito que César já não veja patavina do mundo real (são muitos anos de corredores dourados e caniches debaixo dos pés a dizer “yes, yes”). Isso deixa as suas marcas (aliás, foi por isso mesmo que, num rasgo de iluminação, decidiu que mais ninguém podia ser presidente do seu Governo por mais de 3 mandatos seguidos). O que me aborrece ainda mais são estes chamados “pequenos partidos da oposição”, que afinal de contas são isso mesmo – na altura e verticalidade, mas não na posição. Que lindo que foi eles todos unidos em redor dos apoios à asneira cesarina. (Ontem na Assembleia da República nenhum dos seus homólogos abordou sequer a questão, tal é o embaraço que está instalado). Esquerda e Direita já não contam: eles são é viciados do Orçamento – e também falhos de ideias.

Mas que raio, eles nunca serão poder. Era César quem tinha de perceber que não se pode num dia estar a apelar aos “portugueses” para virem cá largar dinheiro e no dia seguinte mostrar que somos uns egoístas do caneco. Será que acha mesmo que 10 milhões de euros vão dar para recuperar a imagem das ilhas? Não me parece: ele, juntamente com as restantes bandas partidárias unidas, fez mais pela falência da Autonomia que todos os açorianos juntos nos últimos 120 anos. Foi verdadeiramente um monumento…

Curiosamente, alguns amigos de longa data até lhe dão a mão, lembrando que “nos Açores ganha-se menos”. Pois, só que os números não são bem, nada, assim. Realmente ganha-se menos cá, mas segundo os dados das Estatísticas é no sector privado e não no público – onde as carreiras são rigorosamente as mesmas que no resto do país. Os privados açorianos, esses realmente ganham em média menos 100 moedas de euro que os continentais…

Que o Zé da Tasca não saiba essas coisas dos números, enfim, compreende-se (e nesta categoria coloco também o Palim do Snack, pois não tem obrigação de ler o Diário dos Açores todos os dias). Mas que os sôs políticos não o saibam, isso já é grave (aliás, um dia também gostaria de perceber como é que os açorianos pagam o Metro de Lisboa, os comboios, as scuts e até o TGV, quando todos os impostos ficam cá). Enfim, é um mistério…

À pala disto tudo, os Açores arriscam-se a ficar no mapa por mais uma razão: é que cá o povo não tem apenas o governo que merece, tem também os partidos da oposição que merece. E isto é já uma sina que me faz começar a ter pena também do povo. Porque assim é demais.

A sensação com que fico é que se estivesse numa região instruída, havia agora uma revolução, porque está provado que existem claramente dois interesses antagónicos: os interesses dos políticos e os interesses do povo. O que acaba por dar razão a César quando garantiu que teríamos um atraso da Educação por mais 50 anos… Já viram o que seria se isto fosse tudo educado? Era um perigo para a Segurança Social. Não, não é a Segurança Social dos Rendimentos… Bom, acho que é melhor por segurança social em minúsculas… Até porque está mais correcto!


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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

André bradfor

já não consigo ler mais vezes as coisas que as pessoas dizem sem saber do que falam:

1º Os funcionário públicos que ganham menos de 1.500€ por mês não sofreram cortes salariais.
2º O Governo Regional não pode fixar salários ou complementos para o sector privado.
3º A redução salarial para os funcionários públicos aplica-se também na Região, mesmo para os que ganham entre 1500 e 2000€.

4º A maioria dos funcionários do Estado nos Açores não recebe o mesmo que os seus colegas do Continente que desempenham funções idênticas. Dispõem de apoios complementares.
5º O Governo dos Açores não aproveitou excedentes para conceder a remuneração complementar. Pelo contrário, abdicou de uma obra (a cobertura de um estádio de futebol) para encontrar o dinheiro necessário para financiar a medida.

6º O Governo dos Açores recebeu este ano menos dinheiro das transferências do Orçamento de Estado, que, ao contrário do que se diz e escreve, não são "mais de 50%" do Orçamento da Região, mas sim cerca de 30%. Só na Segurança Social, por exemplo, os Açores receberam este ano menos 22 M€.
7º O Governo dos Açores dipõe de competência constitucional e estatutária para decidir onde aplica o dinheiro dos açorianos.

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